Na pequenina e heróica Paraíba(como dizia Humberto de Campos) tudo ganha o tom degradê da política partidária e o contorno da fofoca, do boato e às vezes, da especulação bem fundamentada. O fato da semana nas páginas sensacionalistas do meio, foi sem dúvidas o suposto acordo entre dois pólos antagônicos da política campinense. Cássio e Veneziano se encontraram mais uma vez, só que em circunstâncias especiais com desdobramentos dos mais variados.
A reunião foi no palácio do Bispo, sede do executivo municipal e teve, oficialmente, um único foco: a possibilidade de instalação de uma sede da AACD(Associação de Assistência às Crianças com Deficiência) em Campina. O encontro com os diretores da entidade vislumbra o êxito na candidatura da cidade à sede do próximo prédio da AACD no Nordeste. A Rainha da Borborema entra na disputa com outras 4 cidades, algumas do sul do país. E falando em disputa(política), não foram poucas as especulações sobre o fim de uma disputa com profundas diferenças ideolólicas que já fez suas bodas de prata. Veneziano ainda era um garoto estudante quando viu seu pai, o tribuno Vital, degladiar nos palanques com o Clã Cunha Lima. Anos mais tarde, presenciaria o beijo na testa de ronaldo, em tom de conciliação entre os dois líderes da cidade. Com Vené e Vitalzinho foi diferente. Bem crescidinhos e com mandatos, os irmãos coragem permaneceram onde estavam, ou seja, na mesma trioncheira. Não seria aquele o melhor instante para aderir? Justo pelas bençãos VITAIS do pai e num momento de inegável dificuldade da oposição em Campina? Por quê não o fizeram?
Partindo dessa tese, do lado "vital" da moeda, já é possivel saber a razão pela qual hoje não haveria RAZÃO para isso. Sem contar que o cabeludo está no poder em dose tripla. Ele ainda conta com a mãe e o irmão em Brasília. Todos "de cima", como se diz no popular. Que motivos haveria para se coligar com um grupo que sempre combateu, se o prefeito, descontados, os desgastes últimos, continua com tão boas perspectivas eleitorais?
Do lado "cunhalimista", também naõ consigo enxergar muitas nuances, não! Ora, Cássio, mesmo sem mandato provou que tem votos de sobra em Campina e seu filho desponta na liderança de algumas pesquisas internas do grupo para prefeito em 2012. Qual seria o preço dessa "ajuda mútua" então? Além do mais, bem ou mal, o cassismo hoje encontra guarida no poder máximo da política estadual contando inclusive com um vice governador do PSDB. A verdade é que as circunstâncias também não são desfavoráveis a ponto de forçar um entendimento tão absurdo.
È lógico que, em se tratando de ciência politica tudo é possível. No entanto, o quadro circunstancial não propicia nenhuma razão lógica para tamanha aproximação. Imaginem os senhores: se fosse um encontro político partidário, teria ocorrido de portas abertas e em pleno gabinente? Dois homens públicos de tanta inteligência procurariam costurar um assunto desses em ilhas bem distantes desta cercania. Não tenho dúvidas.
Resumindo: O encontro foi puramente socio-institucional. Nada mais. Só valeu pela causa nobre(AACD) e pelo nobre comportamento e desprendimento de ambos. Cássio e Vené, demonstraram espirito público elevado e a maturidade que não se via outrora. O resto é pura alucinação...por enquanto, talvez!
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