quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OS GESTOS DA "NOVA" POLÍTICA PARAIBANA

         Dizem que política se faz com gestos. Bons ou ruins, os gestos, de fato ditam os rumos das negociações partidárias futuras ou simplesmente das ações admnistrativas do presente. Com grandes gestos, muitas vezes se obtém boas "gestões". Não faltaram "sugestões", mas só a contemporaneidade está dando os sinais dos modelos comportamentais transmutados de nossos líderes.

         Em recente entrevista ao radiofônico Correio Debate, o ex-governador Cássio Cunha Lima admitiu estar "rodrigando" menos (expressão utilizada para indicar o humor da família rodrigues que vez por outra tomava CCL de sobressalto). Depois de tantas lições políticas e sobretudo jurídicas, ele passou a tratar os inimigos ou adversários políticos de maneira mais branda. O tom mais ameno do discurso recaiu até sobre seu maior algoz: o ex-govrrnador Maranhão. Sobre este, Cássio não poupou as velhas críticas, porém, reconheceu virtudes e bem feitorias estado a fora. SERIA UM NOVO CÁSSIO?

        E os gestos gentis não páram! Fontes mais próximas revelam que na tarde da última terça (25.01), CCL ligou para o prefeito de Campina e tascou: "-E aí cabeludo como estais, tudo bem? Olha, Vené quero que você me ajude com o projeto da AACD viu..."

        Dava pra imaginar um telefonema desses num passado recente? Bom. O cabeludo também não deixou por menos. No dia seguinte anunciou na imprensa que vai sim procurar o gabinete do governador para protocolizar uma audiência com Ricardo Coutinho no próximo mês de fevereiro. No rádio, foi taxativo : "Não queremos só manter as parcerias com o estado que tinhamos no último governo. Queremos ampliá-las com o novo gestor."

        Alguém pode estar pensando que as falas recentes das duas maiores lideranças da política campinense e do estado podem ser indícios de alianças futuras. Não é por aí. Tratam-se apenas de demonstrações de espírito público mais elevado em nome da Política com "P" maiúsculo como há muito não se via nem se ouvia aqui pelas bandas tabajarinas. Isso é positivo.

         Não que as tratativas não possam indicar de modo algum fusões partidárias nos próximos embates eleitorais. Afinal em se tratando de política, tudo é possível. No entanto, a análise do discurso mais racional no momento é a do GESTO PRÓ GESTÃO.

         Espírito público é bom e toda a população gosta, exceto aquela turma do quanto pior, melhor que adora pôr lenha na fogueira e ver o circo pegar fogo. Claro, que não há bobos nesta corte suprema da política estadual, mas apesar de, por vezes estratégicos, os discursos têm coadunado com o novo momento que a Paraíba vive e com que tanto sonhávamos.





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